As reuniões de pais tem uma grande missão de aproximar famílias e
escolas. Nelas os pais recebem orientações, esclarecem dúvidas e, assim, estabelecem
uma relação de confiança e cooperação com as educadoras.
Do ponto de vista social, estar presente nas reuniões também traz benefícios
aos pais e, consequentemente, a criança, pois a troca de vivências é grande, é importante
que os pais dos alunos se conheçam e troquem experiências
Sábado - 29/09 realizamos com mais de 80 familias presentes a reunião de pais do 3o. bimestre da Educação Infantil, agradecemos a presença de todos!
Enumeramos aqui 8 razões para você sempre marcar presença nesses encontros e tirar o máximo proveito deles:
1. Conhecer melhor a escola
Na reunião de pais e mestres, tem-se a oportunidade de aprofundar os
conhecimentos sobre a proposta pedagógica e a metodologia de ensino da escola
onde seu filho estuda. Mesmo que você já tenha refletido sobre esses aspectos
no momento da escolha da escola, é interessante se atualizar de tempos e tempos
e repensar, nessas ocasiões, se aqueles ideais apresentados pela escola são
mesmo compatíveis com os de sua família. Você pode, por exemplo, ter concordado
de início com o fato de os professores passarem longos deveres de casa todos os
dias. Mas, com o tempo, ao ver seu filho sempre atolado em lições e sem tempo
para outras atividades, você pode passar a questionar essa atitude e a
metodologia da qual ela faz parte. Nesse caso, é provável que, na reunião,
coordenadores e professores expliquem por que, para aquela instituição, as
tarefas diárias são consideradas tão importantes. "Nas reuniões, expomos
aos pais a nossa proposta", sintetiza Carmen Silvia Galluzzi, psicóloga
educacional do Colégio Oemar, de São Paulo, e professora do Centro
Universitário Assunção (Unifai), também da capital paulista.2. Acompanhar o aprendizado
e o desenvolvimento de seu filho
Ponto alto nas reuniões, o processo de aprendizado das crianças costuma
ser discutido para que os pais possam acompanhar o desenvolvimento de seus
filhos, ou, no mínimo, ter referências sobre a fase da criança ("Ela já
devia estar lendo?", "E escrevendo?"). É também um momento
propício para tirar dúvidas que surgem no ambiente doméstico, principalmente
sobre as tarefas que são solicitadas aos alunos. "Posso ajudar meu filho
no dever de casa?", "Por que é importante que ele faça todas as
tarefas?", "Ele precisa estudar todo dia?".
É fundamental que pais e professores sintonizem suas cobranças e seus
discursos. "Isso evita que a criança tenha conflitos", explica Isa
Stoeber, referindo-se às situações em que os pais, por exemplo, cobram outros
afazeres das crianças (como cursos extracurriculares), em detrimento do dever
de casa. "É prejudicial quando os pais cobram uma coisa e a escola outra,
porque a criança acaba se sentindo sempre em falta com alguém", conclui
Isa, que também é terapeuta de família.3.3. Esclarecer dúvidas de interesse geral
"Será que a escola não está aplicando muitos trabalhos em
grupo?", "Por que meu filho tem tanta coisa para estudar?",
"Por que eles precisam de tantos livros didáticos?". Questões como
essas são de interesse coletivo, portanto podem perfeitamente ser levadas para
as reuniões de pais. O calendário anual, as excursões e as viagens e os
materiais solicitados ao longo do ano também são assunto nos encontros. "A
reunião de pais e mestres não visa o individual, mas sim o coletivo", diz
Fernanda Flores, coordenadora pedagógica da Escola da Vila, em São Paulo.
Portanto, as informações que serão trocadas entre todos os presentes devem ser
de interesse geral, evitando prolongar demais a duração da reunião. "O pai
que sente que o filho tem alguma dificuldade ou particularidade que mereça ser
discutida deve fazer isso em um horário reservado", completa Flores.
Assim, para que o encontro se torne mais proveitoso, é interessante que os pais
levem questões que poderão ser abordadas naquele momento, beneficiando a todos.4. Conhecer seu filho sob outros pontos
de vista
O comportamento de seu filho pode ser assunto na reunião de pais e é
importante ficar atento a essas observações, já que a postura da criança pode
definir o seu aprendizado e, claro, sua maneira de se relacionar com os
professores e coleguinhas. É importante lembrar que nem sempre o comportamento
da criança é o mesmo na escola e em casa, o que, muitas vezes, pode gerar
diferentes impressões sobre ela (em casa, ela é extrovertida e falante, mas na
escola tende a se fechar e a apresentar timidez; ou é irrequieta na escola,
desobediente, enquanto no ambiente doméstico não apresenta tais sinais). Se os
pais reconhecem essas diferenças, podem também buscar entender por que elas
acontecem (falta de interesse na aula? Insegurança? Baixa autoestima? Distúrbio
de atenção? Agitação demais?). Ou seja: conversando com os professores e outros
pais, é possível perceber como o filho é visto pelas pessoas que o cercam e,
assim, tentar ajudá-lo.5. Firmar parceria com a escola
Para a especialista Isa Stoeber, existe hoje uma confusão acerca dos
limites pedagógicos e educacionais. Por um lado, a escola acha que os pais
estão delegando obrigações demais para a instituição (ensinar, educar, formar
caráter); por outro, os pais reclamam que a escola não cumpre seu papel como
deveria. O que muitos não percebem é que a relação deve ser de parceria e de
cumplicidade, e as reuniões de pais e mestres têm a função de mostrar que isso
é possível, chamando os pais para participarem e dividirem responsabilidades,
lembrando que a formação em casa complementa a da escola e vice-versa. É função
dos pais dar bons exemplos, estimular a criança a ler, mostrar a importância de
ela cumprir com seus compromissos, entre muitas outras. "Os professores
devem aproveitar as reuniões para explicar às famílias como elas podem
estimular as crianças, ajudá-las nas pesquisas, com o dever de casa, mas sem, é
claro, assumir completamente essas tarefas", esclarece Fernanda Flores,
coordenadora pedagógica da Escola da Vila, de São Paulo. Trabalhar em parceria
- com cada um desempenhando o seu papel - é, ainda, essencial para a criança se
sentir amparada e assistida.66. Entender as necessidades e características
da idade
Infância, pré-adolescência, adolescência... As fases do crescimento são
muitas e cada uma possui suas particularidades. A escola e os pais precisam estar
preparados para lidar com as questões que certamente irão surgir,
enfrentando-as com naturalidade e respeito. Nas reuniões, pode ser discutido: o
que é típico dessa faixa etária? Como agimos? Um exemplo: deve-se permitir ou
não o namoro nas dependências da escola? São questionamentos que podem ser
levados para esses encontros, com contribuições para a escola e as famílias em
geral.7. Conhecer para poder ajudar
Muitas escolas, percebendo a dificuldade das famílias para lidarem com
certos comportamentos dos filhos típicos da idade, aproveitam as reuniões de
pais para promover palestras esclarecedoras. Com isso, a presença nesses
eventos se torna ainda mais imprescindível. Quando se tem conhecimento, se
consegue ajudar de forma mais eficiente. Uma palestra bastante ministrada nas
escolas é sobre sexualidade. A intenção é mostrar para as famílias o quanto é
fundamental tratar o tema com naturalidade, procurando sempre conversar com os
filhos e manter uma relação de proximidade, amizade e cumplicidade. "A
escola é um espaço capaz de abrir esses canais de debate e entendimento",
acredita a professora Carmem Galluzzi8. Mais confiança para todos
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